Muitas mulheres, ao receberem a notícia de que precisam realizar uma biópsia de mama, ficam bastante apreensivas e não entendem ao certo o que é este procedimento. Nesse momento diversas dúvidas surgem: “o que é essa biópsia?”, “então eu estou com câncer?”, “o que tenho que fazer agora?”.
Nesse post vou te contar tudo o que você precisa saber sobre a biópsia de mama e te mostrar que não é preciso ter medo desse procedimento! Navegue por categoria:
- Afinal, o que é uma biópsia?
- Quando devo fazer uma biópsia de mama?
- Quais são os tipos de biópsia de mama?
- A biópsia de mama dói?
Afinal, o que é uma biópsia?
A biópsia é um procedimento de remoção de uma pequena quantidade de tecido ou órgão para ser avaliado por um patologista. Esse procedimento é realizado sempre que houver a necessidade de investigação de uma doença, seja para confirmar ou para descartar determinado diagnóstico.
A biópsia é utilizada para diversos diagnósticos mais simples, por exemplo, a presença de bactérias no estômago ou até mesmo para detectar a presença de fungos em determinado tecido.
Por outro lado, a biópsia também é amplamente utilizada para a detecção de diversos tipos de câncer, uma vez que consegue identificar se as células possuem aspecto maligno ou benigno. Além disso, esse procedimento também é responsável por estabelecer a natureza, taxa de crescimento e agressividade do tumor maligno, ajudando o médico a elaborar o melhor plano do tratamento da doença. Veja aqui se a presença de um nódulo indica necessariamente um câncer.
Quando devo fazer uma biópsia de mama?
De uma forma geral, a biópsia de mama é solicitada pelo médico mastologista após identificar alguma alteração suspeita no resultado da ultrassonografia das mamas ou na mamografia, importante exame de rastreio do câncer de mama.
É importante saber que existe uma padronização médica para a classificação das lesões encontradas nos exames de imagem de mama, que podem ser:
- BIRADS 0 – Achados inconclusivos;
- BIRADS 1 – Exame normal ou negativo;
- BIRADS 2 – Achados benignos;
- BIRADS 3 – Achados provavelmente benignos;
- BIRADS 4 – Achados suspeitos;
- BIRADS 5 – Achados altamente suspeitos.
Na maior parte dos casos, recomenda-se fazer a biópsia da mama sempre que os exames de imagem apresentarem BIRADS 4 e 5. Nos casos de BIRADS 3, os médicos costumam indicar controle com exames de imagem semestralmente, e, em casos de BIRADS 1 e 2, o controle anual. Quando o resultado é um BIRADS 0, são recomendados exames de imagem complementares.
Independente de qual “BIRADS” apresentar o exame de imagem, o mastologista sempre levará em consideração o histórico e a presença de fatores de risco da mulher antes de solicitar a biópsia de mama. Veja aqui quais são os principais fatores de risco para o câncer de mama e como se prevenir contra a doença.
E lembre-se: nunca deixe de realizar a biópsia de mama quando for solicitada por seu médico! Afinal, a detecção precoce do câncer de mama faz com que as chances de cura da doença cheguem a 95%.
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Tipos de biópsia de mama
Após identificar a necessidade de uma biópsia, o médico vai determinar qual tipo é o mais indicado para o caso, levando em consideração aspectos como: tipo de lesão, tamanho, localização, quantidade de tumores e outros aspectos clínicos e preferências pessoais da mulher.
Os principais tipos de biópsias para diagnóstico do câncer de mama são:
Biópsia a vácuo (mamotomia)
Nesse tipo, a amostra de tecido é retirada por meio de uma agulha acoplada a um sistema a vácuo, conectado a uma cânula que permite a sucção do tecido mamário.
Ao final do processo, é colocado um clipe de titânio para demarcar o local exato onde foi realizada a mamotomia, possibilitando o acompanhamento nos exames posteriores ou para localização pré-cirúrgica das lesões que necessitem ser retiradas.
Uma das grandes vantagens desse tipo de biópsia é o conforto para a paciente, pois antigamente era preciso realizar uma cirurgia para a biópsia, o que pode ser evitado pela biópsia a vácuo em alguns casos, aumentando muito a aceitação por parte das pacientes. Além disso, algumas lesões podem ser retiradas completamente durante o procedimento.
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Core biópsia
Nesse procedimento são retirados fragmentos de tecido com uma agulha de calibre mais grosso, após aplicação de anestesia local. O movimento e a posição da agulha são guiados pela mamografia digital ou pelo ultrassom.
A diferença entre a mamotomia e a core biópsia é que a primeira é capaz de retirar fragmentos mamários maiores e em maior quantidade na hora da aspiração.
Punção Aspirativa por Agulha Fina (PAAF)
A PAAF tem como objetivo obter material para a análise das células que compõem a lesão. Sua principal indicação é para o esvaziamento completo de cistos palpáveis ou inflamados, promovendo alívio das dores mamárias.
A grande diferença entre a PAAF e a core biópsia é que a primeira coleta apenas células (através de uma agulha mais fina) e a core biópsia coleta fragmentos do tecido mamário (através de uma agulha mais grossa).
Biópsia cirúrgica
Em alguns casos, é necessária a cirurgia para remover todo ou parte do nódulo para ser biopsiado. Nesse procedimento o cirurgião remove todo o nódulo ou área anormal, bem como uma área de tecido mamário normal como margem de segurança.
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A biópsia de mama dói?
Não! A biópsia de mama é um procedimento simples, seguro e indolor! Ao contrário do que muitas mulheres pensam, não é necessário ficar em repouso absoluto após a biópsia, nem mesmo suspender as atividades do dia a dia, bastando apenas alguns cuidados simples, como:
- Evitar atividades físicas intensas nas primeiras 48 horas após o procedimento;
- Colocar gelo na mama biopsiada no dia do procedimento;
- Não carregar peso no dia do procedimento.
Todos esses cuidados devem ser respeitados para garantir o sucesso e o conforto no procedimento. Mas atenção! É importante seguir à risca todas as orientações que o seu médico passar, afinal, somente ele conhece o seu caso clínico de perto e pode te orientar da melhor maneira possível!
E lembre-se sempre: biópsia de mama não dói, acalme o seu coração! 💕
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