Sempre que uma paciente me pergunta se existe alguma forma de prevenir totalmente o câncer de mama, respondo o seguinte: “Infelizmente não, mas existem formas de aumentar significativamente as chances de cura caso você tenha a doença.”
A grande verdade é que o câncer de mama, assim como os outros tipos dessa doença, não escolhe pessoas específicas, ele pode ocorrer com qualquer um. Sim, existem fatores que facilitam e outros que dificultam o desenvolvimento da doença, mas nada é 100% garantido.
Por isso resolvi trazer para vocês um texto explicando sobre a melhor forma de aumentar as suas chances de cura e salvar a sua vida caso algum dia você tenha câncer de mama, explicando sobre um grande aliado, que tem proporcionado maiores chances de cura e vem salvando a vida de diversas mulheres: o diagnóstico precoce! Acompanhe por categoria:
Afinal, o que é câncer de mama?
Em condições normais, as células de nosso tecido mamário possuem uma rotina de funcionamento padrão: elas crescem e se multiplicam de forma ordenada e específica, atendendo às necessidades do organismo, cada uma desempenhando funções determinadas.
O grande problema começa quando algumas células passam a se comportar de forma atípica, multiplicando-se descontroladamente e formando o que chamamos de tecidos cancerígenos (um emaranhado de células atípicas) nas mamas. A formação desse tecido passa a prejudicar a vitalidade e o funcionamento mamário.
A situação se agrava ainda nos casos em que essas células “desordenadas” começam a invadir outros órgãos do corpo, além das mamas. Essa invasão recebe o nome de metástase, que é o momento em que dizemos que o câncer começa a se espalhar.
Com isso, cada órgão invadido passa a ter o seu funcionamento comprometido em decorrência da presença dos tecidos cancerígenos, o que pode levar a diversas consequências.
Infelizmente, não é possível determinar previamente qual mulher terá câncer de mama baseado em suas características. Mas existem alguns fatores, genéticos ou não, que podem ser um indicativo de uma chance maior para o desenvolvimento da doença. Entre os principais fatores estão:
- Menarca precoce (quando a mulher teve a sua primeira menstruação antes dos 12 anos);
- Menopausa tardia (após os 55 anos);
- Histórico de câncer de mama na família;
- Mutação dos genes BRCA1 e BRCA2;
- Alimentação pobre em nutrientes e rica em ultraprocessados;
- Tabagismo;
- Consumo excessivo de álcool;
- Sedentarismo e sobrepeso.
Alguns desses fatores não podem ser modificados, como é o caso da predisposição genética. Mas se esse é o seu caso, fique calma! Apenas de 5% a 10% dos casos de câncer de mama ocorrem em decorrência de fatores hereditários. Ou seja, a maioria dos casos da doença está relacionada a hábitos e estilo de vida, que são fatores que você pode controlar! Conheça 6 orientações para prevenir o câncer de mama.

O que é e como funciona a mamografia?
Como expliquei no tópico anterior, não existe uma forma eficaz de saber se você vai ou não desenvolver o câncer de mama. Por isso, é importante realizar um exame que permite identificar lesões suspeitas na mama, ainda em seu estágio inicial: a mamografia.
A mamografia é um exame de imagem realizado em um aparelho chamado mamógrafo, que comprime a mama e gera imagens de alta qualidade capazes de revelar diversas estruturas no órgão. Essa compressão da mama é necessária para que o tecido da glândula mamária seja espalhado e eventuais nódulos, lesões e microcalcificações sejam reveladas na imagem.
O resultado da mamografia pode estar errado?
Como a mamografia é um exame de rastreamento para o câncer de mama, é importante se atentar ao principal fator de risco dessa doença: a idade. Na verdade, podemos dizer que o maior fator de risco para o câncer de mama é ser mulher, mas depois disso, a idade passa a ser um fator importante a ser considerado. Portanto, todas as mulheres com 40 anos ou mais devem realizar a mamografia de rastreamento e consultar com o médico mastologista todos os anos, sem falta.
Caso você possua algum outro fator de risco para o câncer de mama, o seu mastologista poderá solicitar que você realize a mamografia ainda antes dos 40 anos de idade.
Como a mamografia pode ser um exame um pouco desconfortável para algumas mulheres, na Ela Diagnósticos, adotamos a mamografia sensorial e criamos uma sala especial para tornar essa experiência o menos incômoda possível: a Sala Rosa!
Para quem nunca ouviu falar nesse termo, vou explicar direitinho como funciona! A mamografia sensorial é basicamente o exame tradicional da mamografia em um ambiente com sensações que estimulam a tranquilidade e afastam a ansiedade e o medo.
Durante o exame, as luzes da Sala Rosa abaixam e atingem uma iluminação ideal. Além disso, são tocadas músicas ambientes acolhedoras. Na televisão, a mulher assiste imagens calmas e vídeos tranquilizantes de paisagens e natureza durante todo o procedimento. Todos esses estímulos, em conjunto, são capazes de trazer para a mulher uma experiência muito mais agradável e bem menos estressante.
Além da experiência com o ambiente, você mesma vai controlando a pressão do aparelho sobre as mamas, evitando qualquer susto ou medo da dor. Afinal, você sabe o quanto e quando sua mama vai ser pressionada.
Saiba mais sobre a mamografia sensorial e a Sala Rosa da Ela Diagnósticos!

Como o diagnóstico precoce do câncer de mama salva vidas?
Um estudo sueco publicado recentemente na Revista Câncer por Tabar e Cols revelou que mulheres que realizam mamografia anualmente morrem menos do que aquelas que não fazem o exame rotineiramente. Isso ocorre devido ao fato de que o diagnóstico precoce dessa doença faz com que as chances de cura cheguem a 95%.
Ou seja, quanto antes o câncer de mama é descoberto através da mamografia em seu estágio inicial, mais provável é o sucesso do tratamento oncológico. Isso significa que a mamografia não serve apenas para diagnosticar o câncer de mama, mas também para potencializar a chance de cura e proporcionar um tratamento menos agressivo do que aquele realizado quando o câncer está em estágio mais avançado.
Além disso, é preciso lembrar que a maior parte dos casos de câncer de mama não apresenta qualquer tipo de sintoma, fazendo com que a mulher somente perceba que está com a doença quando já é tarde demais.
Por fim, preciso lembrar a todas vocês que o autoexame é uma prática positiva no que diz respeito a conhecer o seu próprio corpo, ou seja, pode ser útil para encontrar algum sinal de anormalidade no período entre uma mamografia e outra.
No entanto, o autoexame não é eficaz para encontrar nódulos pequenos e lesões iniciais. Por isso, essa prática jamais deve substituir a mamografia anual.
Ficou alguma dúvida sobre o assunto? Pode deixar nos comentários! E se quiser saber mais sobre esse ou outros assuntos relacionados à saúde das suas mamas, me acompanhe nas redes sociais!
Dra. Mariana Mesquita
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