Ressonância de mama: quando é indicada e qual a diferença para a mamografia?

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Eu sempre escuto de mulheres aqui na Ela Diagnósticos uma mesma dúvida: “Dra. Mariana, por que preciso fazer ressonância de mama e mamografia se ambos os exames são da mama?”

Essa dúvida faz todo sentido. Afinal, tanto a mamografia quanto a ressonância magnética avaliam as mamas. Mas o que muita gente não sabe é que cada exame tem características específicas, finalidades distintas e, por isso, são indicados em situações diferentes.

Pensando nisso, resolvi escrever esse texto para explicar de forma clara e acessível qual a diferença entre esses dois exames de imagem e em quais casos a ressonância de mama costuma ser solicitada. Assim, se você está em dúvida com relação a esses exames, esse texto é para você!

O que é a mamografia?

A mamografia é um exame de imagem realizado em um aparelho chamado mamógrafo, que comprime a mama e gera imagens de alta qualidade capazes de revelar diversas estruturas no órgão. Essa compressão da mama é necessária para que o tecido da glândula mamária seja espalhado e eventuais nódulos, lesões e microcalcificações sejam reveladas na imagem. 

Quando a mamografia é realizada para prevenção, é chamada de mamografia de rastreamento e é capaz de detectar precocemente lesões mamárias, antes mesmo que a mulher ou o mastologista possam notá-las. 

Por outro lado, quando a mamografia é feita para analisar alguma alteração em relação a exames de rotina ou de rastreamento anteriores, é chamada de mamografia diagnóstica. Nesse caso, podem ser solicitadas imagens em ângulos diferentes dos habituais, de acordo com a localização da lesão ou alteração suspeita.

É muito importante realizar a mamografia todos os anos, independentemente de estar sentindo algum sintoma. Afinal, muitas vezes o câncer de mama não apresenta nenhum sinal nos estágios iniciais.

Quem deve realizar a mamografia?

Como a mamografia é um exame de detecção para o câncer de mama, é importante se atentar ao principal fator de risco dessa doença: a idade. Na verdade, podemos dizer que o maior fator de risco para o câncer de mama é ser mulher, mas depois disso, a idade passa a ser um fator importante a ser considerado. Portanto, todas as mulheres com 40 anos ou mais devem realizar a mamografia de rastreio e consultar com o médico mastologista todos os anos, sem falta.

No entanto, mulheres com alto risco para desenvolvimento de câncer de mama, com base em fatores específicos tais quais histórico familiar e/ou mutação dos genes BRCA1 e BRCA2 devem realizar o rastreio a partir dos 30 anos. Entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento de câncer de mama temos:

  • Menarca precoce (quando a mulher teve a sua primeira menstruação antes dos 12 anos);
  • Menopausa tardia (após os 55 anos);
  • Histórico de câncer de mama na família;
  • Mutação dos genes BRCA1 e BRCA2;
  • Alimentação pobre em nutrientes e rica em ultraprocessados;
  • Tabagismo;
  • Consumo excessivo de álcool;
  • Sedentarismo e sobrepeso.

Veja aqui 6 orientações práticas para se prevenir contra o câncer de mama.

A Ressonância Magnética é melhor que a mamografia?

Em primeiro lugar é importante esclarecer que tanto a Ressonância Magnética como a mamografia são exames de imagem muito importantes para o diagnóstico de diversas doenças, incluindo o câncer de mama. Não existe um melhor que o outro, mas um mais indicado para determinadas situações. 

No caso do câncer de mama, é muito comum que a mamografia seja o primeiro exame realizado, já que ela deve ser realizada todos os anos por mulheres a parir dos 40 anos de idade. No entanto, existem casos em que a Ressonância pode ser indicada para diagnósticos mais precisos. Isso porque esse exame oferece imagens muito detalhadas e de alta resolução do tecido mamário, especialmente em lugares profundos, de difícil visualização por ultrassom.

Por isso, se o seu médico solicitou uma Ressonância das mamas, é muito importante que você realize esse exame, mesmo que você já tenha realizado o ultrassom ou a mamografia antes.

Então, por que posso precisar realizar os dois exames?

Uma das maiores dúvidas das pacientes é: se já fiz a mamografia, por que preciso de mais um exame? A resposta está na sensibilidade da ressonância.

A ressonância de mama é o exame com maior sensibilidade para detectar alterações nas mamas, especialmente em situações mais complexas. Ela é capaz de identificar lesões muito pequenas, que às vezes não aparecem nem na mamografia nem no ultrassom. Isso é especialmente importante em mulheres com mamas densas, onde o tecido glandular pode “esconder” alterações nos outros exames.

Outro diferencial da ressonância é que ela permite a avaliação funcional do tecido mamário. Ou seja, além de mostrar a estrutura da mama, ela também mostra como os tecidos se comportam após a aplicação do contraste. Isso nos ajuda a perceber padrões de vascularização e captação do contraste que são característicos de algumas doenças, como o câncer de mama, por exemplo.

Ela também é útil para visualizar com mais clareza a extensão de uma lesão já diagnosticada, avaliar a mama contralateral, identificar possíveis recidivas e, em alguns casos, até mesmo evitar biópsias desnecessárias quando conseguimos ver com clareza que se trata de uma alteração benigna.

Em pacientes com prótese de mama, a ressonância também ajuda a investigar alterações no tecido mamário e permite avaliar se há ruptura ou contratura da prótese com bastante precisão.

Ou seja, a ressonância não substitui os outros exames, mas complementa o cuidado e, muitas vezes, é essencial para um diagnóstico mais seguro. É um exame que une tecnologia avançada com uma análise detalhada do funcionamento interno das mamas.

Ficou alguma dúvida sobre o assunto? Pode deixar nos comentários! E se quiser saber mais sobre esse ou outros assuntos relacionados à saúde das suas mamas, me acompanhe nas redes sociais!

Dra. Mariana Mesquita

CRM-GO: 15202

RQE: 10182

Contato: (62)99230-2401

Instagram: @dramarianamesquita

* O conteúdo desse texto é informativo e não deve, em momento nenhum, substituir a consulta médica!

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