Tudo o que você precisa saber sobre o câncer de mama!

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A palavra “câncer” gera medo e ansiedade em qualquer pessoa. Apesar de ser uma doença cada vez mais comum, o processo de desenvolvimento e de tratamento do câncer ainda não é totalmente conhecido por muitas pessoas, o que gera grande insegurança. 

De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres de todo o país, sendo que, para o triênio 2023-2025, foram estimados 74.000 novos casos.

Sabendo que muitas mulheres enfrentam o medo de um possível (ou um concreto) diagnóstico de câncer de mama, nós, Dra Mariana Mesquita, especialista em radiologia mamária e Dr. Leonardo Ribeiro, mastologista, resolvemos preparar este texto com informações importantes e suficientes para que você compreenda tudo sobre esta doença. Navegue por categoria:

Afinal, o que é o câncer de mama?

Grande parte das mulheres que aparecem no consultório para uma visita de rotina sabem que o câncer de mama é uma doença perigosa mas não entendem completamente como ele surge e quais os seus efeitos no organismo. Na maior parte das vezes, somente quando recebem o pedido de uma biópsia de mama, após um resultado suspeito na mamografia é que essas mulheres iniciam uma busca frenética de tudo sobre o câncer de mama. Vamos tentar te explicar de uma forma simples sobre ele:

Em condições normais, as células do tecido mamário possuem uma rotina de funcionamento padrão: elas crescem e se multiplicam de forma ordenada e específica, atendendo às necessidades do organismo. 

O câncer nada mais é do que uma célula que adquire a capacidade de se desenvolver e multiplicar sem controle e “viajar” para outros órgãos do corpo, invadindo-os. Essa invasão recebe o nome de metástase, que é o momento em que dizemos que o câncer começa a se espalhar.

Com isso, cada órgão invadido passa a ter o seu funcionamento comprometido em decorrência da presença dos tecidos cancerígenos, o que traz diversas consequências para a mulher.

Existem diferentes tipos de câncer de mama, e eles podem ser classificados com base em características específicas das células cancerosas. Por exemplo, o carcinoma ductal invasivo ocorre quando as células cancerosas se desenvolvem nos ductos mamários e invadem o tecido circundante e o carcinoma lobular invasivo começa nos lóbulos mamários e pode se espalhar para outras áreas do corpo.

Quais são os principais fatores de risco para o câncer de mama?

Diferente de muitas doenças, não é possível determinar previamente qual mulher terá câncer de mama baseado em suas características. Costumamos dizer que se você é uma mulher, você já possui o principal fator de risco para o câncer de mama. No entanto, podemos destacar alguns fatores que podem ser um indicativo de uma chance maior para o desenvolvimento da doença. 

É possível dividir os fatores de risco em duas categorias: os modificáveis e os não modificáveis! O primeiro grupo, como o próprio nome diz, engloba os fatores que não dependem da mulher. Entre os principais fatores não-modificáveis estão:

 

Por outro lado, os fatores modificáveis são aqueles que as mulheres possuem o controle e a possibilidade de alterá-los, como:

  • Alimentação pobre em nutrientes e rica em ultraprocessados;
  • Tabagismo;
  • Consumo excessivo de álcool;
  • Idade tardia da primeira gestação;
  • Sedentarismo e sobrepeso.
 

Sempre gostamos de lembrar a todas as mulheres que possuem um ou mais dos fatores de risco de que eles servem como um alerta para redobrar os cuidados com sua saúde, não uma sentença!

Além disso, para aquelas que não possuem nenhum fator de risco, não se enganem! Muitas vezes o câncer de mama aparece em mulheres em que jamais esperaríamos que isso acontecesse. Eu, Dr. Leonardo, já atendi casos de mulheres com diagnóstico de câncer de mama, mesmo com hábitos de vida saudáveis. Por isso, é importante estar sempre em alerta!

Principais sintomas do câncer de mama

Os principais sintomas do câncer de mama podem variar bastante de mulher para mulher, por isso é importante estar sempre atenta a possíveis alterações na mama. Aqui estão alguns dos sintomas mais comuns da doença:

  1. Caroço ou nódulo. A presença de um caroço ou nódulo na mama é um dos sinais mais frequentes do câncer de mama. Esses caroços podem ser duros, irregulares e geralmente não causam dor. No entanto, nem todos os caroços mamários são cancerígenos, e muitas vezes são causados por condições benignas. Apareceu um nódulo no meu seio. E agora?
  2. Mudanças no tamanho ou forma da mama: Alterações no tamanho ou forma da mama, como inchaço ou assimetria, podem ser sinal de câncer de mama. Por exemplo, uma mama maior do que a outra, retração da pele ou inversão do mamilo.
  3. Secreção anormal nos mamilos. Presença de secreção sanguinolenta, transparente ou de qualquer outra cor nos mamilos, sem estar relacionada à amamentação.

Se você notar qualquer uma dessas alterações ou tiver preocupações, é fundamental consultar um médico para uma avaliação adequada. O diagnóstico precoce é essencial para um tratamento eficaz e melhores resultados.

É possível prevenir o câncer de mama?

Sim! O impossível é ter 100% de certeza de que a doença não vai aparecer, mas existem hábitos muito importantes de prevenção ao câncer de mama. Vamos lá!

Praticar atividades físicas regularmente

De acordo com um estudo da Associação Americana de Pesquisa do Câncer, adultos devem praticar de 150 a 300 minutos de atividade física moderada por semana, ou de 75 a 150 minutos de atividade física intensa. Ainda de acordo com o estudo, superar os 300 minutos é ainda melhor! Eu, Dra. Mariana, estou sempre incentivando minhas seguidoras para que comecem a praticar alguma atividade física, seja ela qual for!

Ter uma alimentação balanceada

Uma alimentação saudável evita a obesidade, um dos principais fatores de risco para o câncer de mama, já que ela favorece a ocorrência de neoplasias, em especial, os tumores de mama. Além disso, a alimentação rica em nutrientes ajuda a fortalecer sua imunidade e manter a saúde dos órgãos.

De acordo com a Associação Americana de Pesquisa do Câncer, é importante evitar alimentos ultraprocessados, carnes vermelhas e açúcar (principalmente a versão refinada).

Evitar o consumo de álcool

As bebidas alcoólicas aumentam os níveis de estrogênio no corpo, o que pode estimular a formação dos tumores do câncer de mama. 

Além disso, o álcool traz diversos outros malefícios para a saúde, especialmente para o fígado. Ou seja, reduzir ao máximo o consumo dessa substância só vai lhe trazer benefícios! 

Alcançar e manter um peso corporal saudável ao longo da vida

Esse hábito nada mais é do que uma consequência dos demais! A combinação de uma dieta rica em nutrientes e a prática constante de atividades físicas vão te ajudar a alcançar esse objetivo! 

Fazer o check up anualmente

Esse hábito é de extrema importância! Embora o check up com o mastologista não se trate de uma forma de prevenção contra o câncer de mama, ele é a chave para o sucesso do eventual tratamento, já que permite seu diagnóstico precoce. 

Durante os check up’s anuais, eu Dr. Leonardo, faço uma avaliação de seu histórico familiar, níveis hormonais e outras condições que demandam uma atenção maior. Além disso, é nessa consulta que solicito a mamografia ou o ultrassom das mamas, dependendo de sua idade.

Praticar o autoconhecimento das mamas!

O autoconhecimento das mamas é um hábito muito importante para te ajudar a conhecer o normal de suas mamas! Assim, qualquer situação atípica não passará despercebida por você!

O que é a biópsia de mama e como elas auxiliam no diagnóstico de câncer de mama?

Para que você entenda qual o papel da biópsia de mama dentro do diagnóstico do câncer de mama, eu, Dr Leonardo, vou te explicar quando nós, médicos mastologistas, vamos solicitar esse procedimento!

Bom, como dissemos acima, o check up anual junto ao mastologista é muito importante para o diagnóstico do câncer de mama. Dentro dessa etapa de controle, o principal exame utilizado para detectar lesões malignas é a mamografia. 

Se você realizou uma mamografia e o resultado do exame indicou a presença de um nódulo ou lesão suspeita, é preciso realizar uma biópsia de mama para ter a certeza do que se trata essa estrutura presente em seus seios. Ora, mas a mamografia não é suficiente para o diagnóstico do câncer de mama?

Sempre gosto de lembrar as minhas pacientes, por mais excelente que seja a precisão da mamografia, este exame não passa de fotografias das mamas! Por isso, dependendo da classificação da lesão, será necessária uma confirmação através da biópsia de mama! Basicamente, existem as seguintes categorias de nódulos:

BIRADS 0 – Achados inconclusivos;

BIRADS 1 – Exame normal ou negativo;

BIRADS 2 – Achados benignos;   

BIRADS 3 – Achados provavelmente benignos;

BIRADS 4 – Achados suspeitos;

BIRADS 5 – Achados altamente suspeitos.

Na maior parte dos casos, a biópsia é necessária quando os exames de imagem apresentarem BIRADS 4 e 5. Nos casos de BIRADS 3, é indicado o controle com exames de imagem semestralmente, e, em casos de BIRADS 1 e 2, o controle anual. Quando o resultado é um BIRADS 0, são recomendados exames de imagem complementares.

Mas nem sempre a classificação do nódulo é o único motivo para solicitarmos a biópsia! Nós também analisamos o histórico de câncer de mama na família ou algum outro fator de risco para o desenvolvimento da doença. Nesses casos, ainda que o seu BIRADS não seja 4 ou 5, é provável que a biópsia seja necessária.

No que diz respeito à biópsia, eu, dra. Mariana, sempre lembro a todas as mulheres que chegam na Ela Diagnósticos que o procedimento não é uma sentença, pelo contrário! A maioria das mulheres que realizam biópsia de mama não está com câncer! E, apesar da biópsia parecer assustadora em um primeiro momento, ela também é a responsável por trazer alívio a essas mulheres.

A biópsia de mama nada mais é do que o procedimento de remoção do fragmento suspeito através de uma agulha para que ele seja avaliado por um patologista. É através dessa avaliação que confirmamos ou descartamos a presença de um câncer. Ou seja, a biópsia de mama é um meio confiável e moderno de diagnosticar o câncer de mama.

Existem diversos tipos de biópsia de mama e cada um é realizado de uma forma diferente. A escolha do tipo mais adequado para o seu caso vai ser feita por seu mastologista!

Também é importante lembrar que a biópsia de mama é um procedimento seguro, rápido e indolor!

Entenda tudo sobre as biópsias mamárias!

Fui diagnosticada com câncer de mama. E agora?

Receber o diagnóstico do câncer de mama é muito difícil e doloroso para qualquer mulher. A partir desse momento, ela precisa encarar uma rotina diferente, ser forte e, ao mesmo tempo, lidar com todas as emoções conturbadas: medo, tristeza, culpa…

Não existem palavras capazes de apagar os sentimentos ruins, mas neste momento é preciso ter confiança e vontade de vencer. Por isso, eu, Dra. Mariana separei alguns hábitos que podem te ajudar nesse momento tão difícil:

Ter uma rede de apoio

Saber que existem pessoas que te amam e querem sempre o seu bem é muito importante durante todo o tratamento do câncer. Não tenha medo de desabafar e extravasar suas emoções. Essa simples atitude vai te deixar mais leve e mais confiante.

Busque ajuda especializada

Sempre dizemos para nossas pacientes que receberam o diagnóstico do câncer de mama que esse processo pode se tornar mais fácil com um profissional do lado. Por isso, se achar necessário, não hesite em procurar um psicólogo ou um psiquiatra.

Não abandone a sua rotina

Por mais que a rotina da mulher mude bastante durante o tratamento do câncer de mama, é importante tentar manter hábitos saudáveis que fazem parte da rotina. Por exemplo: a caminhada matinal, o passeio com as crianças, a manicure de todo sábado, entre outros!

Além dessas dicas, é necessário ter confiança em todos os profissionais envolvidos no seu tratamento oncológico. E lembre-se: felizmente a medicina já possui técnicas e tratamentos muito modernos que, além de apresentarem alta eficácia, são bem menos agressivos para o organismo da mulher em relação aos disponíveis antigamente.

Como é feito o tratamento do câncer de mama?

Em um primeiro momento é importante entender que cada tipo de câncer é de um jeito. Existem mais de 20 tipos de câncer de mama e todos são diferentes entre si!

Por isso, o tratamento é totalmente personalizado e pode envolver uma combinação de diferentes modalidades terapêuticas. Afinal, existem mais de 20 tipos de câncer de mama e todos são diferentes entre si!

Os principais tipos de tratamento para o câncer de mama são:

  1. Cirurgia: Frequentemente realizada para remover o tumor e tecido adjacente. Existem diferentes tipos de cirurgia, como a lumpectomia (remoção apenas do tumor) e a mastectomia (remoção completa da mama). Em alguns casos, também pode ser necessária a remoção dos gânglios linfáticos afetados.
  2. Radioterapia: Essa técnica utiliza feixes de radiação de alta energia para destruir as células cancerosas remanescentes após a cirurgia, reduzir o risco de recorrência local e tratar metástases ósseas ou outros sintomas. 
  3. Quimioterapia: A quimioterapia utiliza medicamentos para destruir as células cancerosas em todo o corpo. É frequentemente utilizada junto a outros medicamentos e pode ser feita antes ou após a cirurgia, dependendo das características do tumor.
  4. Terapia hormonal: Alguns cânceres de mama são hormônio receptor-positivos, o que significa que as células cancerosas têm receptores hormonais que estimulam seu crescimento. A terapia hormonal é usada para bloquear a ação dos hormônios, como o estrogênio, e pode ser realizada por meio de medicamentos orais ou injetáveis.
  5. Terapia-alvo: A terapia-alvo envolve o uso de medicamentos específicos que têm como alvo mutações genéticas ou proteínas específicas encontradas nas células cancerosas. Esses medicamentos podem bloquear o crescimento das células cancerosas ou induzir sua morte.

 

Sempre digo que aquela velha imagem de uma pessoa debilitada deitada em uma cama não mais retrata o tratamento do câncer. Apesar de ser sim um tratamento pesado, os avanços da medicina felizmente tornaram todo esse processo muito menos desgastante para a mulher.

É importante discutir todas as opções de tratamento com o médico e considerar os possíveis efeitos colaterais e benefícios de cada abordagem. Lembre-se que é importante que você entenda pelo que está passando e confie em seu médico e no tratamento escolhido.

Tenha força! Vai dar tudo certo! 

Ficou alguma dúvida sobre o assunto? Pode deixar nos comentários! E se quiser saber mais sobre esse ou outros assuntos relacionados à saúde, nos acompanhe nas redes sociais!

Dra. Mariana Mesquita, CRM-GO: 15202, RQE: 10182

Contato: (62)99230-2401

Instagram: @dramarianamesquita

Dr. Leonardo Ribeiro, CRM-GO: 17.076

Contato: (62)3224-2121

Instagram: @leonardomastologista

* O conteúdo desse texto é informativo e não deve, em momento nenhum, substituir a consulta médica! 

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